Boa noite pessoal,
Com pesar, anuncio que roubaram parte da minha coleção na noite de sábado para domingo. Sofremos um assalto em casa e levaram parte da minha coleção 2011, 2012 e 2014. Estavam em três caixas plásticas. Todas elas nas embalagens. Elas são da Mainline.
2011: Premiere, Track Stars, Collector Series.
2012: Track Stars, Collector Series e alguns Thrill Racers
2014: Todas as coleções, de diversas séries. Nem todas completas.
Infelizmente não tenho foto das minaturas e como estavam arranjadas e a única foto que posso fazer agora é via webcam e está horrível. Roubaram minhas câmeras fotográficas e meu celular.
Peço, por favor, informações que possam levar as mesmas. Só não ofereço recompensa, porque o prejuízo foi grande e ainda por cima, estou sem trabalho no momento.
Sou de Osasco-SP.
Desde já, muito obrigado.
Abraços.
Claudio.
segunda-feira, 4 de julho de 2016
sábado, 2 de julho de 2016
1969 Dodge Charger Daytona
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1969 Dodge Charger Daytona - allpar.com |
Hoje vou falar de um dos carros que despertou minha admiração por Muscle Cars. O 1969 Dodge Charger Daytona.
Confesso, até conhecer mais este carro, eu não tinha grande interesse pelos modelos americanos. Eu achava o Dodge Viper exagerado. Quando criança adorava justamente por ser exagerado. Mas fui perdendo o interesse. E nunca fui muito fã de carros antigos. O Daytona foi um divisor de águas do meu pensamento com carros americanos. Assim como o Corvette.
Lembro dele no jogo TestDrive 4, da Pitbull Syndicate/Accolade. Ele era um dos muitos carros do jogo, inclusive, na lista, estavam nomes de peso como o Chevrolet Camaro COPO 1969, o Shelby Cobra 1966, um Corvette Stingray 1970, Chevrolet Chevelle, entre outros mais modernos. Como o Jaguar XJ220, TVR Cerbera, Nissan 300ZX, o recém lançado Corvette C5, enfim.
O TestDrive 4 - wikipedia.org |
Porém, entre os carros a desbloquear (com cheat codes), estava lá, o 1969 Dodge Charger Daytona. O que me chamou a atenção? O fato do grande aerofólio na traseira. A frente de tubarão e os faróis escamoteáveis. E ser um carro de rua americano, de 1969, batendo os 320 km/h. Se pensarmos que o jogo é de 1997, 320km/h é uma marca que se hoje impressiona, imagina na época.
Sobre o Dodge Charger Daytona, como já denuncia, o nome Daytona já diz quais foram as intenções da Dodge ao criar o carro. Justamente competir na NASCAR. Porém em 1967 já se pensava em algo assim, um carro de competição mal disfarçado de carro de rua. E assim, nasceu o Dodge Charger 500. As intenções eram de homologar o carro para ser elegível a competir na Stock car, visto que era necessário pelo menos 500 veículos vendidos para rodar nas ruas e ser considerado stock. E a outra era bater os Fords, especialmente o Ford Torino Talladega. Curiosamente, o Charger 500 nunca competiu, apesar de ter ganhado as ruas. Diz a história que apenas 392 foram vendidos. Outros dizem que foram 500 de fato.
Uma das razões dele não ter ganhado as pistas era o seu comportamento arredio, com a traseira leve (lembrando que ele era tração traseira) e a grande necessidade de potência para ter desempenho. Não parecia problema, mas virou um gargalo, já que usou-se de quase todos os recursos disponíveis e homologados pela NASCAR para gerar potência e ainda não tinha um desempenho satisfatório. Muito provavelmente pelo grande arrasto aerodinâmico. O coeficiente aerodinâmico (Cd) de um Charger original era de 0,5 (estimado). O do 500 era 0,45. Um carro em média hoje tem 0,29-0,35. Uma das modificações do Charger 500 em relação ao Charger 1968 era a grade do Coronet, que gerava menos arrasto. O Charger 1968 original, tinha os faróis cobertos por uma capa eletro-pneumática e ficava escondido sob elas, fazendo a frente, quando não acionados os faróis, totalmente preta. Já o Coronet era mais ortodoxo.
Uma das clássicas aparições do Charger 1968 é o em "Bullit" de 1968 e o Charger 440 1968 que persegue o Mustang Fastback de Steve McQueen pelas ruas de San Francisco. Nesta que é considerada a melhor cena de perseguição dos cinemas (toma esta, Velozes e Furiosos). Este Charger 1968 e 1969 são as minhas versões favoritas. Um desenho limpo e o sorrisinho sinistro na frente,
O Charger Daytona foi oferecido por dois anos, modelos 1969 e 1970, como um pacote complementar do Dodge Charger original. Mecanicamente, eram praticamente idênticos aos Chargers originais. Haviam dois motores, o Magnum 440 CID (7.2L) e o Hemi 426 (7.0). Sendo o Hemi muito mais potente (Cerca de 375 bhp x 425 bhp) e mais raro. Dos 503 Chargers Daytonas produzidos em 1969 e 1970, apenas 70 saíram de fábrica com este poderoso motor Hemi. Pelos números reduzidos de produção, as cifras batem em torno das centenas de milhares de dólares. Encontra-se Daytonas por USD100mil. Porém um equipado com um Hemi 426 chega a valer USD300mil. De fato, um carro raro e caro.
Uma das razões dele não ter ganhado as pistas era o seu comportamento arredio, com a traseira leve (lembrando que ele era tração traseira) e a grande necessidade de potência para ter desempenho. Não parecia problema, mas virou um gargalo, já que usou-se de quase todos os recursos disponíveis e homologados pela NASCAR para gerar potência e ainda não tinha um desempenho satisfatório. Muito provavelmente pelo grande arrasto aerodinâmico. O coeficiente aerodinâmico (Cd) de um Charger original era de 0,5 (estimado). O do 500 era 0,45. Um carro em média hoje tem 0,29-0,35. Uma das modificações do Charger 500 em relação ao Charger 1968 era a grade do Coronet, que gerava menos arrasto. O Charger 1968 original, tinha os faróis cobertos por uma capa eletro-pneumática e ficava escondido sob elas, fazendo a frente, quando não acionados os faróis, totalmente preta. Já o Coronet era mais ortodoxo.
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Dodge Charger 500 - allpar.com |
Uma das clássicas aparições do Charger 1968 é o em "Bullit" de 1968 e o Charger 440 1968 que persegue o Mustang Fastback de Steve McQueen pelas ruas de San Francisco. Nesta que é considerada a melhor cena de perseguição dos cinemas (toma esta, Velozes e Furiosos). Este Charger 1968 e 1969 são as minhas versões favoritas. Um desenho limpo e o sorrisinho sinistro na frente,
O Charger Daytona foi oferecido por dois anos, modelos 1969 e 1970, como um pacote complementar do Dodge Charger original. Mecanicamente, eram praticamente idênticos aos Chargers originais. Haviam dois motores, o Magnum 440 CID (7.2L) e o Hemi 426 (7.0). Sendo o Hemi muito mais potente (Cerca de 375 bhp x 425 bhp) e mais raro. Dos 503 Chargers Daytonas produzidos em 1969 e 1970, apenas 70 saíram de fábrica com este poderoso motor Hemi. Pelos números reduzidos de produção, as cifras batem em torno das centenas de milhares de dólares. Encontra-se Daytonas por USD100mil. Porém um equipado com um Hemi 426 chega a valer USD300mil. De fato, um carro raro e caro.
Como viu-se que somente potência bruta não resolveria o problema de desempenho, aliada a traseira "leve", a Dodge usou mão de recursos aerodinâmicos. A diferença entre o Charger 1969 e o Daytona eram basicamente:
- A frente afilada feita em fibra de vidro.
- Um pequeno spoiler na dianteira.
- Um grande aerofólio funcional para downforce extra na traseira e evitar perda de tração.
- Acabamento liso nas colunas "A" (acredito que em aço inox) de modo a reduzir o arrasto parasita gerado pela superfície apenas pintada.
- Janela traseira alinhada à coluna (passou de inclinação de 45° para 22°) e cantos arredondados. Esta modificação na janela reduziu o turbilhonamento e consequentemente o arrasto por geração de vórtices na carroceria.
- Um par de "scoops" sobre as rodas dianteiras, tanto para balanço quanto para redução de arrasto.
- E alguns ajustes extras de suspensão.
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O Dodge Charger Daytona visto de frente - topcarrating.com |
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A traseira e seu super aerofólio - topcarrating.com |
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Os "winged Dodges" - allpar.com |
A respeito da aerodinâmica, vale a consulta a este teste, no qual colocaram num túnel de vento, três Dodges: um Charger 1969, um Charger Daytona 1969 e um Charger Hellcat 2015. O teste foi feito a pedido de uma publicação canadense, a Auto Focus.
The 69 Daytona is as slippery as a new Charger Hellcat
O Daytona teve um irmão gêmeo, como era comum entre as marcas americanas do mesmo grupo. O Plymouth Superbird. Porém este foi somente oferecido em 1970. O Superbird era baseado no Plymouth RoadRunner. Por isto vê-se muitos "Papa Leguas" - Road Runners nestes Superbirds.
O que se vê, no interior do Daytona, pouco se lembra de um carro de corridas. Se compararmos aos modelos europeus, o carro lembra mais um carro de passeio comum do que um carro de corridas. Se compararmos aos hoje Porsche 911 GT2/GT3 ou as Ferraris serie Challenge (F355, F360, F430, F458), carros de corrida homologados para a rua, aparentemente o Daytona de rua tinha mais intenções de um impacto visual do que um de performance. Porém, como disse e como é possível constatar, aparentemente...
Apesar de todo o acabamento presente, sem alívio de peso, ausência de itens de segurança como roll bars, cintos de quatro pontos, cintos de competição ou mesmo bancos de competição, todas as modificações do Daytona, em relação ao Charger original, foram bem-vindas e friamente calculadas. Tanto que algumas destas foram adotadas na geração posterior, no 1971, como as janelas alinhadas. Acredito que até pela facilidade de produção.
O Dodge Charger, como cita a Quatro Rodas de 1996, numa edição especial, representou "o auge da corrida de cavalos disputada entre os fabricantes norte-americanos no final dos anos 60. Bons tempos em que o galão de gasolina custava dez centavos, os americanos tinham dólares sobrando (como nunca) e motor era o que contava para quem planejava comprar um carro". Se o Charger 1968 representou isto, o Charger Daytona foi a cereja do bolo, juntando performance nunca vista em um carro de série americano, um visual único e ainda, exclusivo a 503 felizes compradores.
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Plymouth Superbird 1970 - allpar.com |
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Interior do Dodge Charger Daytona - topcarrating.com |
O Dodge Charger, como cita a Quatro Rodas de 1996, numa edição especial, representou "o auge da corrida de cavalos disputada entre os fabricantes norte-americanos no final dos anos 60. Bons tempos em que o galão de gasolina custava dez centavos, os americanos tinham dólares sobrando (como nunca) e motor era o que contava para quem planejava comprar um carro". Se o Charger 1968 representou isto, o Charger Daytona foi a cereja do bolo, juntando performance nunca vista em um carro de série americano, um visual único e ainda, exclusivo a 503 felizes compradores.
O Daytona HotWheels
Este é um dos exemplos de HotWheels que tiveram reformulações da matriz ao longo da sua produção na Mattel. Porém, neste caso, ele chegou a ter a produção interrompida e posteriormente retomada. A sua primeira aparição é na mainline 1996, com licença em 1995. Foi desenhado por Michael Kolins, responsável pelo design das Ferraris dos anos 1990. Este molde esteve em produção entre 1996 e 2003, quando ganhou um "Final Run".
Porém, o Daytona retornou a linha em 2013, com um novo casting, desta vez sendo retratado como 1969. Obviamente há diferenças entre estes dois castings. Até na abordagem de ambas. Farei um comparativo dos dois. Felizmente, tenho os dois na coleção. Os da avaliação são um da Mainline 1996 (vermelho) e um da Mainline 2016 (verde).
Uma observação é a de que certa forma, o carro é importante para a indústria automobilística americana. Durante anos ele deteve o record de carro de produção mais rápido dos EUA. De 1970 até 1983, sendo superado em apenas 1mph. Virou um ícone, atingindo autos valores em leilões, sendo assim, bastante desejado. Porém, apenas em 1996, ou seja, 27 anos depois, ganhou uma miniatura HotWheels. Royalties, copyrights? Não sei, mas, a meu ver demorou para vir uma miniatura de um carro desta importância.
O Daytona original tinha as seguintes dimensões:
Entre eixos: 2972mm
Comprimento: 5753mm
Largura: 1954mm
Altura: 1350mm (sem o aerofólio)
Numa miniatura 1:64, ele teria as seguintes dimensões:
Entre eixos: 46,4mm
Comprimento: 89,9mm
Largura: 30,5mm
Altura: 21,1mm (sem o aerofólio)
Na escala 1:66 o Daytona teria:
Entre Eixos: 45mm
Comprimento: 87,2mm
Largura: 29,6mm
Altura: 20,5mm
A matriz 1996 do Daytona tem as seguintes dimensões:
Entre eixos: 45mm
Comprimento: 84,6mm
Largura: 29,2mm
Altura: 19,3mm (sem o aerofólio) e 23,5mm (contando o aerofólio)
A matriz 2013 tem as seguintes dimensões:
Entre eixos: 45,2mm
Comprimento: 85,7mm
Largura: 30mm
Altura: 22,4mm (sem o aerofólio) e 27,1mm (contando o aerofólio)
Ambas se aproximam mais de miniaturas 1:66, mas nenhuma de fato se aproxima das dimensões reais do Dogde em tamanho real.
O Daytona 1996 fez uma reprodução do carro "stock", com as saídas duplas do escapamento pela traseira, rodas em mesmo tamanho. Já o 2013, optou por reproduzir as saídas do escapamento pela lateral, em um grosso cano de escape. Além das rodas traseiras maiores, apesar dos pneus originais serem do mesmo tamanho na dianteira e na traseira.
Da fabricação, a carroceria de ambos são de liga metálica pintada (zamac), chassis plástico cromado, rodas de plástico (Saw Blade no 1996 e PR5 no 2016) e interior em plástico. Nota-se que a matriz de 1996 possui falhas no casting, percebida na borda da janela traseira e dianteira. Há algumas emendas mais grosseiras que a de 2013, especialmente na região da junção do quatro traseiro com a coluna C e sob o aerofólio. Ambos possuem esta emenda, mas no 1996 chega a ser grosseira, para não falar de baixa qualidade. Os detalhes de carroceria do 2013 também são melhores definidos, com os contornos mais bem acabados.
Nesta lista de melhores detalhes do 2013 entram:
Mas isto não é, exatamente um ponto positivo. Alguns dos detalhes ficaram irreais ou fora do lugar. Por exemplo: as luzes de posição/repetidor de seta no 2013 estão melhor definidas, mas são fora de lugar. No 1996 está bem na ponta do paralamas, na junção com o aplique aerodinâmico dianteiro, como é o real. No 2013, está no meio desta porção dianteira do paralamas, assemelhando-se mais ao Superbird.
Outro exemplo, os contornos do paralamas, simulando os frisos cromados, no 1996 não existem, no 2013 estão exagerados. No Daytona real eles são bem discretos, fazendo o do 1996 parecer mais real.
A tomada de ar sobre o paralamas, para a refrigeração de freios, pneus e melhoria aerodinâmica. No 1996 são mais discretos, menos definidos e não parecem tão aerodinâmicos como é apresentado no 2013. Porém, são mais próximos do real. Um detalhe curioso é o da reprodução da moldura do quebra-ventos no 1996, com direito a réplica do vidro. No 2013 apenas o vidro é reproduzido. Sobre as reproduções dos vidros, ambos utilizam-se de plástico transparente.
Ambos possuem o aerofólio grosso demais. Creio que até pela dificuldade de se reproduzir em uma espessura mais fina. Está aí um ponto que os técnicos e engenheiros da Mattel poderiam quebrar um pouco a cabeça. Nenhuma das versões reproduziu retrovisor. Creio que, pela posição dos mesmos no original ser nas portas, ficaria estranho e de baixa qualidade numa miniatura 1:64. E nenhuma das duas versões se preocupou em reproduzir os fechos rápidos do capô, presentes no original. Parece apenas um detalhe, se a Mattel não já tivesse reproduzido este detalhe no '67 Shelby GT-500, lançado em 2010. Ou no '65 Mustang Fastback de 2008.
A pintura de ambos é de boa qualidade, mas no 1996, a parte inferior ou o "intradorso" do aerofólio está quase sem pintura. No 2013, ela é uniforme. Ambos, a meu ver, optaram por pintura de bom gosto. O vermelho é um clássico. O verde, apesar de oferecido, não era metálico e tinha tom mais escuro. E não era disponível este layout da faixa preta. Apesar de ficar muito bom na miniatura. Ambos não se esqueceram do "Daytona" pintado nas laterais. Possuem os logos da HotWheels - o 1996 apenas na direita e o 2016 em ambos os lados. Com um Dodge extra, ornamentando as faixas pretas. O 2016 teve a preocupação de pintar os repetidores laterais e também as maçanetas.
Sobre o interior, naturalmente o Dodge Charger possuiu um interior espartano, sem excessos. O 2013 possui, como esperado, uma reprodução melhor. Infelizmente não há fotos do interior mais detalhado e tampouco fotos dos dois desmontados, para facilitar a visualização.
Os bancos do 2013 tem uma melhor reprodução dos encostos de cabeça, do padrão do estofamento e uma preocupação em reproduzir o nicho do painel. Curiosamente, a posição da alavanca de câmbio do 1996 está em posição mais correta, independente da reprodução ser do câmbio manual ou do Torqueflite.
A parte inferior, do que foi possível observar no modelo original, o 1996 se aproxima mais. Aliás, a parte inferior do 2013 é bastante distorcida, primeiro por uma reprodução extremamente exagerada das bandejas de suspensão dianteiras. Fazendo quase uma "parede" no chassis. E a traseira, um grande ressalto para acomodar o eixo traseiro. O 1996 é mais discreto. A avaliação de fidelidade, a meu ver, pela falta de vistas inferiores do Daytona fica prejudicada, mas do que vi, o modelo 1996 me agrada muito mais, visualmente. Uma boa solução que foi adotada no 1996 foram as rodas embutidas a carroceria no 1996, fazendo a bitola ser mais curta e assim, pode-se baixar um pouco a carroceria, evitar soluções exageradas para acoplar as rodas e o resultado visual foi muito mais agradável.
Conclusão
Apesar do 2013 ser tecnicamente mais bem feito nos seus detalhes e acabamento, considero o Daytona casting 1996 mais fiel ao original. Certa forma até mais agradável visualmente. Ele parece mais uma réplica e menos um brinquedo. Minha opinião, o ideal seria um HotWheels com as proporções e maior fidelidade aos detalhes do 1996 com a qualidade de construção do 2013. Gosto muito dos detalhes adotados no 2013, como as luzes indicadoras pintadas e a preocupação com detalhes.
No final, sou mais inclinado ao 1996, pela maior fidelidade. De ter menos cara de brinquedo. Porém, acredito que este é um modelo que os admiradores de Muscle Cars ou de carros americanos deva possuir na coleção.
Bônus!
A Mattel também produziu o Plymouth Superbird, lançado em 2006. Tornou-se bastante presente na Mainline, ganhando inclusive uma versão Super em 2015, muito cobiçada, pela representação da pintura de um Superbird de competição.
Para você que chegou até aqui, sinta um pouco o que é o Daytona 440 neste vídeo no Youtube.
Este é um dos exemplos de HotWheels que tiveram reformulações da matriz ao longo da sua produção na Mattel. Porém, neste caso, ele chegou a ter a produção interrompida e posteriormente retomada. A sua primeira aparição é na mainline 1996, com licença em 1995. Foi desenhado por Michael Kolins, responsável pelo design das Ferraris dos anos 1990. Este molde esteve em produção entre 1996 e 2003, quando ganhou um "Final Run".
Porém, o Daytona retornou a linha em 2013, com um novo casting, desta vez sendo retratado como 1969. Obviamente há diferenças entre estes dois castings. Até na abordagem de ambas. Farei um comparativo dos dois. Felizmente, tenho os dois na coleção. Os da avaliação são um da Mainline 1996 (vermelho) e um da Mainline 2016 (verde).
Uma observação é a de que certa forma, o carro é importante para a indústria automobilística americana. Durante anos ele deteve o record de carro de produção mais rápido dos EUA. De 1970 até 1983, sendo superado em apenas 1mph. Virou um ícone, atingindo autos valores em leilões, sendo assim, bastante desejado. Porém, apenas em 1996, ou seja, 27 anos depois, ganhou uma miniatura HotWheels. Royalties, copyrights? Não sei, mas, a meu ver demorou para vir uma miniatura de um carro desta importância.
O Daytona original tinha as seguintes dimensões:
Entre eixos: 2972mm
Comprimento: 5753mm
Largura: 1954mm
Altura: 1350mm (sem o aerofólio)
Numa miniatura 1:64, ele teria as seguintes dimensões:
Entre eixos: 46,4mm
Comprimento: 89,9mm
Largura: 30,5mm
Altura: 21,1mm (sem o aerofólio)
Na escala 1:66 o Daytona teria:
Entre Eixos: 45mm
Comprimento: 87,2mm
Largura: 29,6mm
Altura: 20,5mm
A matriz 1996 do Daytona tem as seguintes dimensões:
Entre eixos: 45mm
Comprimento: 84,6mm
Largura: 29,2mm
Altura: 19,3mm (sem o aerofólio) e 23,5mm (contando o aerofólio)
A matriz 2013 tem as seguintes dimensões:
Entre eixos: 45,2mm
Comprimento: 85,7mm
Largura: 30mm
Altura: 22,4mm (sem o aerofólio) e 27,1mm (contando o aerofólio)
Ambas se aproximam mais de miniaturas 1:66, mas nenhuma de fato se aproxima das dimensões reais do Dogde em tamanho real.
O Daytona 1996 fez uma reprodução do carro "stock", com as saídas duplas do escapamento pela traseira, rodas em mesmo tamanho. Já o 2013, optou por reproduzir as saídas do escapamento pela lateral, em um grosso cano de escape. Além das rodas traseiras maiores, apesar dos pneus originais serem do mesmo tamanho na dianteira e na traseira.
Da fabricação, a carroceria de ambos são de liga metálica pintada (zamac), chassis plástico cromado, rodas de plástico (Saw Blade no 1996 e PR5 no 2016) e interior em plástico. Nota-se que a matriz de 1996 possui falhas no casting, percebida na borda da janela traseira e dianteira. Há algumas emendas mais grosseiras que a de 2013, especialmente na região da junção do quatro traseiro com a coluna C e sob o aerofólio. Ambos possuem esta emenda, mas no 1996 chega a ser grosseira, para não falar de baixa qualidade. Os detalhes de carroceria do 2013 também são melhores definidos, com os contornos mais bem acabados.
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Emenda sob o aerofolio do casting 1996. |
Nesta lista de melhores detalhes do 2013 entram:
- Contorno das janelas, especialmente a do vidro traseiro.
- Contorno do capô e "churrasqueira", mais fiéis.
- Maçanetas das portas.
- Vinco no capô.
- Pequena grade dianteira.
- Tomadas de ar no capô.
- Uma reprodução dos limpadores de para-brisa.
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Comparação das janelas traseiras dos Chargers 1969. A esquerda, um 1969 R/T. Note a diferença na janela em relação aos Daytonas. |
Mas isto não é, exatamente um ponto positivo. Alguns dos detalhes ficaram irreais ou fora do lugar. Por exemplo: as luzes de posição/repetidor de seta no 2013 estão melhor definidas, mas são fora de lugar. No 1996 está bem na ponta do paralamas, na junção com o aplique aerodinâmico dianteiro, como é o real. No 2013, está no meio desta porção dianteira do paralamas, assemelhando-se mais ao Superbird.
Outro exemplo, os contornos do paralamas, simulando os frisos cromados, no 1996 não existem, no 2013 estão exagerados. No Daytona real eles são bem discretos, fazendo o do 1996 parecer mais real.
A tomada de ar sobre o paralamas, para a refrigeração de freios, pneus e melhoria aerodinâmica. No 1996 são mais discretos, menos definidos e não parecem tão aerodinâmicos como é apresentado no 2013. Porém, são mais próximos do real. Um detalhe curioso é o da reprodução da moldura do quebra-ventos no 1996, com direito a réplica do vidro. No 2013 apenas o vidro é reproduzido. Sobre as reproduções dos vidros, ambos utilizam-se de plástico transparente.
Ambos possuem o aerofólio grosso demais. Creio que até pela dificuldade de se reproduzir em uma espessura mais fina. Está aí um ponto que os técnicos e engenheiros da Mattel poderiam quebrar um pouco a cabeça. Nenhuma das versões reproduziu retrovisor. Creio que, pela posição dos mesmos no original ser nas portas, ficaria estranho e de baixa qualidade numa miniatura 1:64. E nenhuma das duas versões se preocupou em reproduzir os fechos rápidos do capô, presentes no original. Parece apenas um detalhe, se a Mattel não já tivesse reproduzido este detalhe no '67 Shelby GT-500, lançado em 2010. Ou no '65 Mustang Fastback de 2008.
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Vista traseira dos Daytonas. Notem os aerofólios grossos demais. E a diferença no casting. Metal no 1996 e Plástico no 2013. |
Sobre o interior, naturalmente o Dodge Charger possuiu um interior espartano, sem excessos. O 2013 possui, como esperado, uma reprodução melhor. Infelizmente não há fotos do interior mais detalhado e tampouco fotos dos dois desmontados, para facilitar a visualização.
Os bancos do 2013 tem uma melhor reprodução dos encostos de cabeça, do padrão do estofamento e uma preocupação em reproduzir o nicho do painel. Curiosamente, a posição da alavanca de câmbio do 1996 está em posição mais correta, independente da reprodução ser do câmbio manual ou do Torqueflite.
A parte inferior, do que foi possível observar no modelo original, o 1996 se aproxima mais. Aliás, a parte inferior do 2013 é bastante distorcida, primeiro por uma reprodução extremamente exagerada das bandejas de suspensão dianteiras. Fazendo quase uma "parede" no chassis. E a traseira, um grande ressalto para acomodar o eixo traseiro. O 1996 é mais discreto. A avaliação de fidelidade, a meu ver, pela falta de vistas inferiores do Daytona fica prejudicada, mas do que vi, o modelo 1996 me agrada muito mais, visualmente. Uma boa solução que foi adotada no 1996 foram as rodas embutidas a carroceria no 1996, fazendo a bitola ser mais curta e assim, pode-se baixar um pouco a carroceria, evitar soluções exageradas para acoplar as rodas e o resultado visual foi muito mais agradável.
Conclusão
Apesar do 2013 ser tecnicamente mais bem feito nos seus detalhes e acabamento, considero o Daytona casting 1996 mais fiel ao original. Certa forma até mais agradável visualmente. Ele parece mais uma réplica e menos um brinquedo. Minha opinião, o ideal seria um HotWheels com as proporções e maior fidelidade aos detalhes do 1996 com a qualidade de construção do 2013. Gosto muito dos detalhes adotados no 2013, como as luzes indicadoras pintadas e a preocupação com detalhes.
No final, sou mais inclinado ao 1996, pela maior fidelidade. De ter menos cara de brinquedo. Porém, acredito que este é um modelo que os admiradores de Muscle Cars ou de carros americanos deva possuir na coleção.
Bônus!
A Mattel também produziu o Plymouth Superbird, lançado em 2006. Tornou-se bastante presente na Mainline, ganhando inclusive uma versão Super em 2015, muito cobiçada, pela representação da pintura de um Superbird de competição.
Para você que chegou até aqui, sinta um pouco o que é o Daytona 440 neste vídeo no Youtube.
Curiosidades!
O Daytona deteve por muitos anos o record de menor coeficiente aerodinâmico entre os carros americanos produzidos em série. Apenas 0,28.
Os freios do Daytona eram a tambor. Dianteiros e traseiros. E eixo rígido com feixe de molas na traseira.
Na HotWheels, o primeiro casting do Dodge Charger Daytona foi sempre tratado como 1970 Dodge Daytona, apesar de o Daytona original ser lançado em 1969.
Os freios do Daytona eram a tambor. Dianteiros e traseiros. E eixo rígido com feixe de molas na traseira.
Na HotWheels, o primeiro casting do Dodge Charger Daytona foi sempre tratado como 1970 Dodge Daytona, apesar de o Daytona original ser lançado em 1969.
O Daytona utilizado por Vin Diesel no Fast and Furious 2013 na verdade era uma réplica e não um Daytona original.
E no ano de saída do Daytona da mainline, em 2003, houve uma versão "tooned" lançada, em seu lugar. Desenhada por Mark Jones. Esta ainda está em produção, apesar da sua última aparição ser de 2010.
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HotWheels.wikia |
Tenho um 2013 "Fast and Furious" para troca. Na embalagem.
[Atualização] Kit dos 5 Fast and Furious vendido! :D
Fontes:
https://en.wikipedia.org/wiki/Test_Drive_4
http://www.ign.com/articles/1997/11/04/test-drive-4-2
https://myclassicgarage.com/marketplace/knowledge_base/1969-dodge-charger
https://en.wikipedia.org/wiki/Dodge_Charger_(B-body)
http://www.roadandtrack.com/car-culture/classic-cars/a29285/dodge-charger-500-nascar-history/
https://en.wikipedia.org/wiki/Dodge_Charger_(B-body)
http://www.roadandtrack.com/car-culture/classic-cars/a29285/dodge-charger-500-nascar-history/
http://www.allpar.com/model/superbird.html
http://www.caranddriver.com/features/aero-warrior-bending-the-rules-page-1
http://www.caranddriver.com/features/aero-warrior-bending-the-rules-page-1
http://www.popularmechanics.com/cars/g790/10-surprising-facts-about-american-muscle-cars/
https://en.wikipedia.org/wiki/Dodge_Charger_(B-body)
http://auto.howstuffworks.com/1969-dodge-charger.htm
https://www.netcarshow.com/dodge/1969-charger_daytona/
http://www.automobile-catalog.com/car/1969/635960/dodge_charger_daytona_426_v-8_hemi_4-speed.html
http://www.topcarrating.com/1969-dodge-charger-daytona.php
http://www.autofocus.ca/news-events/features/the-69-daytona-is-as-slippery-as-a-new-charger-hellcat
https://en.wikipedia.org/wiki/Dodge_Charger_(B-body)
http://auto.howstuffworks.com/1969-dodge-charger.htm
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